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Elisabeth Antonelli
abril 7, 2023

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Tudo ou Nada

Resenha de R. M. S. Cassorla. Estudos sobre Suicídio, Psicanálise e Saúde Mental, São Paulo, Blucher, 2021, 191 p

Introdução

Só existe um problema filosófico realmente sério: o suicídio. Julgar se a vida vale ou não vale a pena ser vivida é responder à pergunta fundamental da filosofia. O resto, se o mundo tem três dimensões, se o espírito tem nove ou doze categorias, vem depois. Trata-se de jogos. É preciso, primeiro, responder. (Albert Camus)

Nós, seres humanos carregamos dentro de nós o trágico[1], tendo o suicídio como uma de suas figuras. Acabar com a própria vida, é uma fantasia,um gesto que pode ou não ser fatal. Vivemos em um momento particularmente sombrio da civilização ocidental. Estamos frente a um vírus que,para sobreviver e manter a própria espécie, precisa se instalar parasitariamente dentro de nossas células e desse modo, ganha novas variantes, o que é estranho para nós, seres humanos.

No presente momento, temos vacina e a população mundial tem sido vacinada, mas os países mais pobres não podem acompanhar o ritmo de vacinação e novas variantes vão surgindo enquanto não estivermos todos vacinados. Sem distinção de classe, credo ou raça.

Perdemos um número assustador de vidas. Estamos enlutados.

Durante o período da pandemia causada pelo vírus SarsCovid-19, voltamo-nos para as nossas casas e refizemos um tecido familiar, quando possível.Em outros lares, houve a separação de pais, de filhos, brigas, discórdias e estranhamentos. Esse novo mundo que se impôs trouxe a necessidade de uma grande introspecção, muitas vezes forçada, para seguir em frente, poder se situar e gerar nova ordem. E, para muitos, a morte aparece como uma possível solução  para fugir do sofrimento. Suicidar-se permanece uma decisão possível a ser tomada. Camus tem razão.

Entretanto, devo fazer um breve apontamento, de modo a trazer à tona alguns ganhos obtidos no atual cenário. Muitas novidades, novos recursos, novas tecnologias e formas de comunicação foram sendo rapidamente implementadas para diminuir a distância entre as pessoas. Tratou-se, afinal, de uma grande mudança de hábitos, que deixa como legado a ampliação da comunicação remota através da internet.

No lançamento do presente livro, realizado em 4 de agosto de 2021, a Editora Blucher, dentro do espírito da época, brindou-nos com uma live, um lançamento de um livro online.[2] Pudemos assistir ao autor nos convidar a conhecer esta parte do seu mundo.Lá, Neury J.Botega, Professor Titular da Unicamp, que foi residente do Cassorla, pode nos transmitir e compartilhar o encantamento que se produz quando estamos frente a um homem erudito e gentil, sempre sorridente.[3] Esse novo formato de lançamento de livros nos brinda com alguns esclarecimentos sobre a obra e seu autor.

Roosevelt Cassorla é um psicanalista que aposta na Saúde Mental. O título do livro já indica:“Estudos sobre suicídio: Psicanálise e Saúde Mental”.Tão importante quando estamos frente ao suicídio, que aponta para um sofrimento mental, que se produz multifatorialmente:fatoresconstitucionais,hereditários,traumasprimitivos,fatores ambientais e fatores culturais. A tese de doutoramento de Cassorla se deu na UNICAMP, no âmbito da Saúde Mental, intitulada “Jovens que tentam suicídio” (1981). Posteriormente publicou na Coleção Primeiros Passos, coordenada pelo saudoso Caio Graco Prado, o título “O que é o suicídio?”.

O presente livro é uma versão modificada e atualizada dos dois importantes trabalhos mencionados no parágrafo anterior. O autor tem livros e artigos sobre o tema da autodestruição, bem como uma grande contribuição à Psicanálise, desenvolvendo o tema do enactment, tendo publicado o livro “O psicanalista, o Teatro dos Sonhos e a Clínica do Enactment” (2016). Foi também agraciado com o prêmio Sigourney Award, em 2017, pelo conjunto de suas contribuições psicanalíticas.

 

O morto que canta

Rubem Alves, colega de formação de Cassorla na Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo, por ocasião do lançamento do livro “Do suicídio:estudos brasileiros” (1991), escreve o prefácio intitulado: “O morto que canta”, que viemos a saber ser reeditado no presente livro, com a autorização da Fundação Rubem Alves.Originalmente, era o prefácio de outro livro organizado por Cassorla: “Da morte:estudos brasileiros” (1991). Em uma linguagem delicada, Rubem Alves nos introduz neste universo doloroso:

[…]  uma morte que vem de fora e uma morte que cresce por dentro”. Vamos sendo conduzidos pela literatura, pelas artes plásticas, sobre o tema  da morte. A morte que vem de fora não é um gesto, não precisa ser entendida.Na morte do suicida, seu corpo contém uma melodia inacabada deseja ser ouvida.[4]

O suicida, segundo Rubem Alves, obriga-nos a conversar. Citando Camus, vai encerrando seu prefácio e conclui: o suicídio é a conclusão existencial de um silogismo filosófico e, também, um gesto trágico.

Em seguida, Cassorla tece alguns comentários, à guisa de apresentar o livro, especialmente destacando que cada capítulo pode ser visto como um “estudo”, uma abordagem parcial de determinados aspectos (p.16). O livro é dividido em onze capítulos, todos muito interessantes.

Cassorla pondera que o suicida não deseja morrer, mas, na tentativa de extirpar o sofrimento não simbolizado, acaba colocando um fim na própria vida.Essa é a tese central do seu pensamento e, ao longo do livro, traça perspectivas de compreensão face às diversas figuras do suicida.

Na Introdução ao tema do suicídio ou autodestruição, faz uma pequena digressão sobre os fatores que podem agir na determinação psíquica ao ato de suicidar-se. Um ser humano tirar a própria vida nos suscita perguntas, temores, crenças, a religião domina a cena.

Para colaborar com o tema, pesquisei alguns livros, dentre os quais “História do Suicídio”(2018), A sociedade ocidental diante da morte voluntária, segundo George Minois, através de sua pesquisa histórica, revela: “suicídio é um termo nascido no século XVII”. O autor aponta para o surgimento palavra , como um neologismo, para diferenciar esse “ato do homicídio de um terceiro…na obra do inglês Sir Thomas Browne, Religio Medici…para diferenciar self-killing cristão, do suicidium pagão de Catão.” ( p224). Como na época a escalada de suicídio entre os ingleses encontrava-se em ascensão, foi chamada de uma doença inglesa. Se nos detivermos no tema do suicídio, certamente teremos um campo amplo e complexo de estudo.

A grande contribuição de Cassorla advém de sua prática clínica, tanto psiquiátrica como psicanalítica, e a busca em desvendar, certamente a posteriori, centrada na pesquisa do mundo interno do suicida, que é comandado por fantasias inconscientes. Citando o autor: “não existe representação da morte em nossa mente.  O suicida, portanto, não pode buscar algo que ele não conhece, mas sim substitutos fantasiados predominantemente inconscientes. Essas fantasias se manifestarão de forma particular em cada indivíduo, a cada momento, tanto na vida como no campo analítico.” (p. 23).

Os capítulos seguintes constituem uma tessitura firme e ao mesmo tempo sensível de sua experiência psiquiátrica e predominantemente psicanalítica. O segundo capítulo trata do tema dos suicídios conscientes e inconscientes ensejando a oportunidade de um debate sobre atos que aparentemente não constituem o gesto suicida, mas que contém inconscientemente a intenção, como nos casos de acidentes. Como diferenciar intencionalidade de letalidade? Cassorla aponta para um continuum envolvendo suicídios conscientes.

O autor apoia-se na clínica para dar notícia de que a ambivalência e a confusão sempre existem entre uma tentativa de suicídio ambivalente e uma tentativa de suicídio deliberada. Cassorla passa a trabalhar com mortes que “não constam nas estatísticas de suicídio, mas nos quais identificaríamos fatores que configuram suicídios inconscientes.” (p. 30).

Em seguida, discute um fenômeno em que a vítima estimula ou provoca alguém para que a mate – “homicídio precipitado pela vítima”, em geral dentro das casas. Outra situação que é trabalhada por Cassorla são os homicídios de crianças e de jovens provocados por quadrilhas, por traficantes e pela polícia, casos para os quais o autor levanta algumas possibilidades como melancolia, impulsividade ou o fato de que simplesmente estavam fortuitamente no local do tiroteio. Também, pode aparecer mascarado como um acidente, mesmo que envolva fortuitamente outra pessoa, citando como exemplo uma criança que, ao escapar da mãe cai das alturas, podendo apontar, como uma das possibilidades, a fantasia, colocada em ato pela criança de que sua morte tornaria seus pais mais felizes. O tema é provocador e ao mesmo tempo estimula muito a curiosidade do leitor. É necessário tirar o véu com o qual tentamos nos esconder da verdade da nossa finitude.

No terceiro capítulo- que considero fundamental – o autor trabalha com o tema das fantasias inconscientes e suicídio. A partir deste capítulo, Cassorla “abre a massa” de seu raciocínio, nos conduzindo por uma compreensão da vida anímica profunda e acolhedora. O capítulo é dividido em tipos de fantasias inconscientes, listados do seguinte modo: 1) Busca de uma “outra vida” e 2) Reencontro e autopunição cuja temática está apoiada num luto patológico/melancolia, que produz incessantemente um sofrimento por aspectos projetados na relação com o morto e que retornam ao sujeito.

O autor vai desenhando seu pensamento psicanalítico, conduzindo-nos habilmente por esse passeio sombrio por um tema tão doloroso, por vezes aversivo, como é o tema do suicídio. Nesse sentido, são os aspectos odientos do objeto interno, do qual o sujeito quer se livrar, conforme o autor nos aponta: “Nessas situações, a morte é uma busca por escapar do sofrimento insuportável, ainda que a percepção, o raciocínio e o juízo possam estar prejudicados. Em última instância, o suicida elimina seu aparelho de percepção da realidade ameaçadora.” (p. 40).

Há, ainda, a enumeração dos seguintes aspectos: 3) Agressão e vingança e finalmente e 4) Pedido de ajuda, sempre presente em qualquer tipo de suicídio, porém com a característica de que este pedido ou não é captado, ou as pessoas próximas se sentem impotentes, ou este pedido é desvalorizado.

O capítulo quatro, “A leste do Éden: loucura, feitiço e suicídio” é recheado de exemplos clínicos seguido de uma digressão sobre o sentido da vida e o Inferno e Paraíso, com o objetivo de narrar a luta entre o Tudo (vida) e o Nada (morte).

Neste momento, cito o autor:

[…] a expulsão do Paraíso, o conhecimento da realidade, do Inferno, e sua transformação (por meio do pensamento) mostram a vida em ação. A vida na Terra, onde há que se trabalhar para dar à luz pensamentos. A Terra, a realidade, não é o Paraíso (o Tudo), mas um Inferno transformado, compreendido, possível de ser sonhado. (p. 53).

A capacidade de pensar (a função alfa) exige trabalho. Porém, pode sofrer reveses tais como Cassorla aponta através de casos clínicos. Um exemplo é o de sedução pela morte, com abandono da análise e mudança de país da paciente, em que o autor assevera que deixa como rastro na contratransferência suas legiões infernais. Em outro exemplo clínico, fruto no relato decaso no qual ele é o supervisor, o analisando, um médico que acabara de receber a notícia de que um paciente havia se matado, pondo fogo nas próprias vestes. O paciente precisa se deparar com a falta de sentido que é um pano de fundo de sua existência na própria análise. Talvez, quando somos confrontados com um suicídio, necessitemos também nos indagar sobre o sentido de nossa existência?

Retomando o mito do Paraíso, Cassorla faz uma nova digressão sobre morte:“Portanto, o suicida não quer morrer (o Nada), ele quer apenas dar um sentido a sua vida na morte.” (p. 62). Encerra o capítulo apontando para além das defesas maníacas,da reversão de perspectivas e da recusa da realidade, a denegação e a desmentida, ficando o suicida com a versão idealizada de uma vida intrauterina ou mamada idealizada (o Tudo), anterior ou posterior à queda no Inferno.

 

Em busca do objeto idealizado

Como consequência do raciocínio que vem desenvolvendo, Cassorla passa a trabalhar no capítulo cinco a questão da busca do objeto idealizado. Descreve um certo estado de beatitude que o paciente apresenta e que o autor reconhece com um estado pré-suicídio, indicando que o analista deve decidir intervir acerca do que denomina impasse necessário, cabendo a cada analista pela própria percepção dos recursos e limitações próprios e da psicanálise. Parece que o estado de beatitude/êxtase é relacionado a uma identificação com o objeto idealizado. Por Paraíso, entende-se sair do “vale de lágrimas”. A visão do Nada é substituída pelo anseio do Paraíso…

O autor visita algumas religiões, por exemplo, a católica, na qual mártires e santos viveram estados de beatitude que antecipavam sua morte. Como exemplo de sua clínica, traz as configurações borderlines, com pacientes que tendem a atos autodestrutivos, como automutilação, com a impossibilidade que esses apresentam frente a uma realidade triangular, “vivenciada como traumática, por falta de condições mentais para pensá-la […]” (p. 73), com a instabilidade resultante de falhas na introjeção do objeto

Segue no capítulo discorrendo sobre o tema da anomia e adolescência, com a agravante ameaça de desestruturação, isto é, trata-se de figuras de identificação confusas fruto do tecido social esgarçado, frequentes em lares desestruturados. Durkheim apontava no seu estudo, “O Suicídio” (2003), o fenômeno social em transformação permanente que tem como consequência situações de anomia. Cassorla faz referência a outros grupos, como os negros escravizados e os indígenas, citando o suicídio entre os guarani-kaiowá.

Nesse sentido, com as transformações em aceleração e a ruptura do tecido social, a dificuldades em ultrapassar o narcisismo e entrar no Édipo, voltamos para o dilema hamletiano: “Ser ou não ser, eis a questão”. O autor considera que a vivência de não ser é a morte para o suicida: “o suicida está, de alguma forma, atacando a sociedade acusada de não lhe ter dado condições dignas para viver.” (p. 69). Trata, ademais, neste capítulo acerca do tema dos lutos não elaborados, fechando com o tema do fanatismo, por meio da alusão ao líder fanático (objeto idealizado), citando as teorias de Klein, de Rosenfeld e de Green, no estudo do suicídio como expressão da pulsão de morte.

O sexto capítulo trabalha com os temas da simbiose, adolescência e autodestruição. Cassorla tem grande experiência com adolescentes, de modo que trabalha com a simbiose e com rupturas ou ameaças de rupturas de uma relação de fusão com um objeto protetor idealizado. Segundo o autor, essa fantasia faz parte das vicissitudes da adolescência, com a turbulência que acompanha o processo adolescente

No capítulo sete, o autor volta-se para as configurações borderline e narcísicas, seguido pelo capítulo oito no qual trabalha o tempo, a morte e as reações de aniversário, apoiando-se na clínica. Culmina com uma das imbricações entre a psicanálise e a sociologia abordando o narcisismo e a sociedade narcísica, ilustrado com um estudo de caso que abre uma discussão sobre “a coisificação do ser humano tornado objeto de uso e consumo, estímulo violento à competição desenfreada, com a valorização de status, prestígio, poder e posses, menosprezo das qualidades amorosas – solidariedade, compreensão, amizade.” (p. 137).

Nos dois últimos capítulos, Cassorla traz teorias e motivações dos atos do suicida. Entretanto, rapidamente retorna ao seu conhecido território psicanalítico, repassando a tese central de que os atos suicidas se constituem numa busca pela morte como um apelo de ajuda.

Este livro certamente nos enriquece frente a este fenômeno tão frequente e doloroso.

 

Finalizando

À medida que fui redigindo a presente resenha, meu interesse pelo tema amplificou-se, de modo que encontrei no livro “Da morte – estudos brasileiros” (1991) um outro prefácio de Rubem Alves, intitulado “A morte como conselheira”., no qual faz uma importante discussão acerca da morte e da fuga ante o incômodo da morte como se ela dissesse silenciosamente: “É, mas o tempo passou. Não pode ser recuperado…”[5]A morte sempre nos fala sobre o que estamos fazendo com a própria vida, as perdas, os sonhos que não sonhamos, os riscos que não tomamos, os suicídios lentos que perpetramos. Cita, então, a narrativa de um amigo que esteve preso num campo de concentração alemão. Os soldados, ao sentirem a aproximação do final da guerra, ansiavam pela liberdade, mas, em troca, o comandante da prisão informou que antes da libertação, seriam todos enforcados. Uma lamentação, seguida pelo horror e a mais extraordinária sensação de liberdade!

Segundo Rubem Alves:

A Morte tem o poder de colocar todas as coisas nos seus devidos lugares. Longe do seu olhar, somos prisioneiros do olhar dos outros, e caímos na armadilha dos seus desejos. Deixamos de ser o que somos, para ser o que eles desejam que sejamos. Diante da Morte, tudo se torna repentinamente puro. Não há lugar para mentiras. E a gente se defronta com a Verdade, aquilo que realmente importa. Para ter acesso à nossa verdade, para ouvir de novo a voz do Desejo mais profundo, é preciso tornar-se um discípulo da Morte.[6]

Ao percorrer o livro de Cassorla, encontramos um autor tecendo hipóteses baseado na sua prática clínica psicanalítica em busca de significar um ato tão radical. Para o autor, as dificuldades são oriundas da vida emocional dos indivíduos. Nós, seres humanos, necessitamos de muitos cuidados, para sentir que a vida vale a pena ser vivida. Quanto mais traumatizante foram os primeiros tempos e quanto maior a desestruturação do tecido social, mais à deriva de si mesmo encontramos o indivíduo.

 

Referência

Alves R. (1991). O morto que canta. In Cassorla R. Campinas, SP: Papirus.

Camus A. (2021). O mito de Sísifo, RJ, Record.

Cassorla R. (1991). Da morte: estudos brasileiros. Campinas, SP: Papirus.

______. (1991). Do Suicídio, estudos brasileiros. Campinas, SP: Papirus.

Durkheim E. (2003). O suicídio. São Paulo: Martin Clarete.

Minis G. (2018). História do Suicídio. São Paulo: Unesp.

 

 


[1]A tragédia é uma forma dramática ou peça de teatro, em geral solene, cujo fim é excitar o terror ou a piedade, baseada no percurso e no destino do protagonista ou herói, que termina, quase sempre, envolvido num acontecimento funesto. Nela se expressa o conflito entre a vontade humana e os desígnios inelutáveis do destino, nela se geram paixões contraditórias entre o indivíduo e o coletivo ou o transcendente. Em sentido lato, pode abranger qualquer obra ou situação marcada por acontecimentos trágicos, ou seja, em que se verifique algo de terrível e que inspire comoção. Disponível em: https://www.infopedia.pt/apoio/artigos/$tragedia,acesso. Acesso em: 20 fev. 2022.

[2] Disponível em: https://youtu.be/jPwRQKsOf54. Acesso em: 21 fev. 2022.

[3] Também estavam presentes: Ana Maria Vanucchi,Membro Efetivo, Analista Didata e atual Diretora Científica da SBPSP; Carmen Mion,Membro Efetivo, Analista Didata e Presidente da SBPSP; Maria Julia Kovacs, Professora Livre Docente do Instituto de Psicologia da USP, coordenadora do Laboratório de Estudos sobre a Morte; e Leda Beolchi Spessoto, Membro efetivo e analista didata da SBPSP.

[4] R. Alves, “O morto que canta”, in Da morte: estudos brasileiros, p 11.

[5] R. Alves, “O morto que canta”, in Da morte: estudos brasileiros, p. 12.

[6] R. Alves, op. cit., p. 14.